Governo do Distrito Federal
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7/02/25 às 13h07 - Atualizado em 7/02/25 às 16h35

Programa DF+ gera impacto de 79% na produtividade de empresas do Distrito Federal

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Iniciativa do Senai ofereceu 444 consultorias para o setor produtivo com apoio FAPDF

 

Da esquerda para a direita: o presidente da FAPDF, Marco Antônio Costa Júnior; o secretário de Governo do Distrito Federal, José Humberto Pires; o presidente da Fibra, Jamal Bittar; o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF, Leonardo Reisman; e o diretor regional do Senai-DF, Marco Secco, entregam certificado ao representante de uma das empresas do DF+ (Foto: Ascom Secti)

 

“Produzir mais com menos, assegurando a qualidade, é fundamental para a competitividade de um negócio”, afirma o presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal (FIBRA), Jamal Jorge Bittar, na noite de encerramento do Programa DF+. A iniciativa consiste em oferecer consultoria para impulsionar a transição do setor produtivo da região nos preceitos de Indústria 4.0, utilizando a metodologia da primeira versão do Programa do Governo Federal Brasil Mais Produtivo: intervenções rápidas, de baixo custo e alto impacto para obter ganhos expressivos de produtividade. Isso tudo marcado pela integração das tecnologias digitais avançadas no processo produtivo, que norteiam o plano de trabalho do Programa DF+. 

 

A iniciativa é resultado do convênio entre Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Distrito Federal (SENAI-DF), instituição executora e Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), que investiu mais de 8 milhões de reais. A realização é da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-DF). 

 

Em números

 

Em quatro anos de execução (2020 – 2024), o Programa DF+ ofereceu gratuitamente 444 consultorias, com mais de 54 mil horas de capacitação. E os números que revelam o sucesso da iniciativa não param por aí: as empresas atendidas tiveram aumento médio de produtividade de 79% e qualidade de 59%, além de redução de consumo energético de 31%. 

 

A inserção no Programa DF+ possibilitou ao corpo técnico da empresa Labarr, marca de chocolates especiais, a melhoria de seus processos. “A gente tinha muita coisa na cabeça, mas pouca coisa documentada”, explica Adriana Labarrere, sócia-diretora e uma das fundadoras da empresa participante. A implantação de metodologias como gestão à vista e o sistema 5S trouxe organização e eficiência. “Foi essencial cronometrar tudo e trazer alguém de fora para olhar os gargalos e sugerir melhorias. Não é algo imposto de cima para baixo, mas sim um processo que envolve toda a equipe”, completa Adriana. 

 

Adriana Labarrere, sócia-diretora da Labarr, apresenta os produtos para o presidente da FAPDF Marco Antônio Costa Júnior e para o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF, Leonardo Reismann, acompanhados do presidente da Fibra, Jamal Bittar (Foto:Victor Hugo Pessoa/Sistema Fibra)


O Sistema 5S é uma metodologia organizacional japonesa que visa melhorar o ambiente de trabalho e a produtividade de uma empresa, com base em cinco pontos: senso de utilização, senso ordem e arrumação, senso de limpeza, senso de padronização e senso de disciplina e autodisciplina (5S).

 

“O Programa DF+ é uma demonstração do compromisso da FAPDF em promover a inovação e a sustentabilidade por meio da integração entre governo e setor produtivo, em alinhamento com as diretrizes do Governo do Distrito Federal. Essa parceria reflete nosso compromisso em transformar Brasília em uma Cidade Inteligente, fortalecendo a economia do DF com soluções criativas e inovadoras”, destacou Marco Antônio Costa Júnior, Presidente da Fundação.

 

Compondo a mesa da cerimônia, em momento de descontração: O presidente da FAPDF, Marco Antônio Costa Júnior; o secretário de Governo do Distrito Federal, José Humberto Pires; o presidente da Fibra, Jamal Bittar; o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF, Leonardo Reisman; e o diretor regional do Senai-DF, Marco Secco. (Foto: Ascom FAPDF)

 

Certificação e encerramento do Programa

 

O evento de encerramento aconteceu na última quarta-feira (5), no edifício sede da Federação das Indústrias do Distrito Federal, em Brasília. Estiveram presentes representantes de empresas participantes do Programa, o presidente da Fibra, Jamal Bittar, e demais autoridades do governo e das indústrias do DF. Além de Jamal, compuseram a mesa da cerimônia o secretário de Governo do Distrito Federal, José Humberto Pires; o presidente da FAPDF, Marco Antônio Costa Júnior; o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF, Leonardo Reisman; e o diretor regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI-DF), Marco Secco. 

 

No salão principal do evento, exposições de produtos de empresas como a dos setores gráfico, alimentício, serviços, entre outros, mostraram o alcance de seus negócios após a inserção e a conclusão das fases do DF+. Com isso, o público também teve a oportunidade de conhecer alguns dos negócios e produtos que integram a iniciativa. 

 

O Ateliê Bolos & Cia também foi um dos empreendimentos participantes do programa. (Foto: Victor Hugo Pessoa/Sistema Fibra)

 

O DF+ se desdobra em três programas que se complementam: o DF+ Produtivo, direcionado para a redução de desperdícios; DF+ Avançado, que tem foco na primeira fase da indústria 4.0, com monitoramento do processo produtivo em tempo real e o DF+ Eficiente, voltado para a eficiência energética.

 

Cacau Baiano nas Prateleiras do DF

 

A inserção no Programa DF+ possibilitou ao corpo técnico da marca Labarr a melhoria de seus processos. O produto é feito a partir da amêndoa do cacau, “a gente traz o cacau da Bahia, que é produzido no sistema agroflorestal lá. Aqui a gente torra, descasca, mói, refina até chegar nas barras. Conhecemos toda cadeia produtiva, vamos até as fazendas, conhecemos quem produz e aqui, na fábrica, a maior parte do processo é visível”, relata Adriana Labarrere, sócia-diretora da empresa Labar, marca de chocolates.

 

Chocolates da marca Labarr, produzidos com o cacau do sistema agroflorestal da Bahia. (Foto: Ascom FAPDF)

 

Nos últimos anos, a busca por chocolates de alta qualidade aumentou consideravelmente. O público está cada vez mais interessado na origem dos produtos e no impacto de sua produção. Essa mudança na percepção do consumidor fez com que a valorização do cacau subisse significativamente.“A demanda tem crescido muito, mas isso também exige que nos posicionemos melhor no mercado. Precisamos investir em marketing e na educação do cliente para mostrar o porquê do nosso chocolate ser diferente do convencional”, completa Adriana.

 

 

Reportagem: Mariah Brandt

Edição: Douglas Silveira

Imagens: Secti-DF e Ascom/FAPDF

 

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