Governo do Distrito Federal
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9/12/19 às 16h50 - Atualizado em 12/03/24 às 14h38

Maratona de inovação

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Começou, nesta segunda (09/12), a maratona de inovação que vai buscar soluções tecnológicas para o combate à dengue no Distrito Federal. A abertura do “1º Hackathon em Saúde Pública – Combate à dengue” aconteceu no auditório do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (CDT/Unb) onde, até a próxima sexta (13/12) especialistas em Tecnologia da Informação e Saúde Pública, desenvolvedores e empreendedores estarão reunidos para criar desenvolver soluções tecnológicas para promover o controle e a prevenção da dengue no DF.

 

De acordo com dados do Ministério da Saúde, o número de mortes decorrentes da dengue no Brasil, até outubro, ultrapassou a marca de 600 casos, o que representa um índice cinco vezes maior que o registrado em 2018. O mesmo levantamento aponta que, dos casos notificados em todo o país, foram registrados 1.489.457 milhão, sendo que a região Centro-Oeste concentra a maior incidência da doença, com 1.235,8 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Em todo o Brasil, a doença atinge 708,8 para cada 100 mil habitantes.

 

O painel de abertura do hackathon contou com a participação do presidente da FAPDF, Alessandro Dantas; do subsecretário de Vigilância em Saúde do DF, Divino Valero Martins; do diretor-executivo da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde do DF (Fepecs), Marcos de Souza Ferreira; da diretora do Parque Científico e Tecnológico da UnB (PCTec), Renata Aquino da Silva de Souza; do presidente e do vice-presidente Executivo para Capacitação, Eventos, Comunicação e Marketing do Sindicato da Indústria da Informação do Distrito Federal (Sinfor-DF), Ricardo de Figueiredo Caldas e Renato Riella, respectivamente.

 

Foco no DF – O presidente da FAPDF destacou o caráter interdisciplinar do evento e o objetivo de atender a uma demanda direta do governador, Ibaneis Rocha, que quer a Fundação mais conectada e voltada para as necessidades da população. “Hoje estamos atendendo a uma encomenda do governador que é a de reinventar a FAPDF e conectá-la com a sociedade, com os problemas do DF e, para isso, ativar a academia para a solução dessas demandas. Por isso estou muito feliz de estar nesse evento, que reúne diversos setores da sociedade para a busca de soluções para mais um problema que atinge a nossa sociedade, pois é missão da FAP auxiliar nessa resolução. O governo, a academia, a iniciativa privada têm que trabalhar integrados e essa é só a primeira ação, pois nós pretendemos realizar várias iniciativas como essa. Estamos firmando um convênio com a Finatec para período de três anos que será voltado para o atendimento de demandas da sociedade brasiliense que serão demandados pelos órgãos de governo no âmbito do qual já temos, pelo mesmo, 70 demandas de todas as áreas, como saúde, educação, trabalho, segurança, cultura economia. Brasília nasceu moderna e o sinal dessa contemporaneidade é essa parceria que, hoje, a gente inicia e os participantes desse hackathon são parte essencial dessa mistura”, afirmou Alessandro Dantas. 

 

Já o subsecretário de Vigilância em Saúde do DF, Divino Valero, destacou a necessidade de buscar avanços tecnológicos para subsidiar as políticas públicas e estratégias de saúde pública, especialmente as de combate à doenças endêmicas e transmissíveis. “Dentro da área da saúde, no que tange a tecnologia, a evolução foi muito endógena, com visão hospitalar, e pouco voltada para saúde pública. A maioria das doenças chamadas endêmicas ainda são tratadas com método tradicional e, em especial quanto às arboviroses, toda a atividade é baseada em boletins e em coleta de dados em campo, ainda em papel. Tudo isso acaba contribuindo muito para o processo de transmissibilidade da maioria dessas doenças. A qualidade e a velocidade na geração das informações são fatores determinantes na geração de respostas e quando se fala em doenças transmissíveis, então, são tão importantes como vacina ou máquina de dedetizar. Com as informações estratégicas em mãos é possível conter processos epidêmicos”, declarou o gestor. 

 

O diretor-executivo da Fepecs, acredita que o Hackathon poderá trazer soluções efetivas para a luta contra a dengue e as arboviroses, não apenas no DF, mas em todo o Brasil. “Nossa expectativa é que tenhamos uma nova saída para solucionar esse problema tão grave que são as arboviroses. Agradeço, em especial, à FAPDF que, em tempo recorde, nos ofereceu apoio para o desenvolvimento desse e de outros projetos que buscam essas soluções. Não se trata só de um aplicativo, mas, sim, de uma plataforma que possibilitará o monitoramento dos vetores e subsidiará a tomada de decisão rápida para a detecção dos focos de transmissão e oferta de atendimento e tratamento para a população, em parceria com residentes médicos, agentes de saúde e vigilância em saúde”, afirmou Marcos de Souza Ferreira. 

 

Para isso, a atuação integrada com a academia é essencial para o desenvolvimento de ferramentas que possam conferir inteligência ao conhecimento e conferir agilidade à tomada de decisão. É no que acredita a diretora do PCTec: “a UnB está muito contente em receber esse hackathon e eu falo em nome da reitora, que não pôde estar presente, e da direção do PCTec que se enxerga como espaço para que mais encontros como esse aconteçam. É importante entender que mesmo problemas antigos e ainda sem solução precisam de uma forma disruptiva de abordagem e a forma de abordar é essa sinergia que estamos vendo aqui, com governo, universidade, setor privado”.

 

Iniciativa privada – Representando as empresas do setor de Tecnologia da Informação do DF, o presidente do Sinfor, Ricardo Caldas, destacou a importância de o setor estar integrado em iniciativas que buscam a resolução de demanda da população: “Fico muito feliz hoje pelo Sinfor estar engajado nessa iniciativa que une academia, setor empresarial e o governo no sentido de buscar soluções para os problemas que existem na nossa comunidade. A dengue é uma doença do século XVIII e ainda é tratada da mesma forma que naquela época e, conforme aprendi com o subsecretário de Vigilância em Saúde do DF, um dos principais desafios é desenvolver ferramentas para a previsibilidade dos eventos que circundam a transmissão da doença. Problemas novos que nós precisamos resolver e é com muita alegria que o Sinfor participa e que as empresas de tecnologia do DF se engajam nesse projeto porque a nossa missão é sempre buscar o melhor para a sociedade”.

 

Renato Riella, vice-presidente Executivo para Capacitação, Eventos, Comunicação e Marketing do Sinfor, também acredita no potencial da a iniciativa para ampliar essa integração e para ampliar o acesso e a participação da sociedade nas ações e políticas de combate à dengue. “Estamos vivendo aqui uma revolução, estamos saindo de toda a nossa rotina de inteligência e geração de conhecimento para o inusitado com a realização desse hackathon. O mais importante é que todos nós carecemos daquilo que os participantes poderão nos proporcionar que é inteligência. Nós precisamos desenvolver solução que dê voz à sociedade e confira velocidade à informação”, ressaltou.

 

O 1° Hackathon em Saúde Pública do DF acontece até dia 13/12, no CDT/UnB e as inscrições ficam abertas até dia 10/12. 

SERVIÇO:

1º Hackathon de Saúde Pública do DF – Combate à Dengue

Período de realização: 9 a 13 de dezembro de 2019

Local: Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (CDT) – Parque Científico e Tecnológico da Universidade de Brasília (Campus Universitário Darcy Ribeiro Edifício CDT, Brasília – DF, 70904-970)

Horários:

  •         09/12 (segunda): 08h às 21h
  •         10, 11 e 12/12 (terça, quarta e quinta): 09h às 21h
  •         13/12 (sexta): 09h às 20h30

Inscrições: até 18h do dia 10/12 pelo site http://hackathon.brasiliamaisti.com.br/

Regulamento e programação: http://hackathon.brasiliamaisti.com.br/

Premiação (a ser definida por júri técnico):

1º lugar: R$ 6.000,00

2º lugar: R$ 3.000,00

3º lugar: R$ 1.000,00.

Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal - Governo do Distrito Federal

FAPDF

Granja do Torto Lote 04, Parque Tecnológico Biotic Cep: 70.636-000
Telefone: (61) 3462 8800