Intitulada “Exposição do mobiliário moderno e contemporâneo: dois momentos do design de móveis da capital”, a mostra vai até fevereiro de 2021 no Museu Nacional da República. Estão expostos mais de 20 peças e móveis das décadas de 60 e 70 e do design contemporâneo de 2000.
Entre as peças expostas, nove foram restauradas por alunos do Instituto Federal do Brasília (IFB). “As peças das décadas de 60 e 70 são bens culturais, carregam a parte da história da construção de Brasília e trazem memórias dos modos de viver. São ícones da história do design do mobiliário, pois são assinadas por importantes designers e arquitetos”, explicou Fernanda Freitas Costa de Torres, que é também Coordenadora do Núcleo de Pesquisa, Conservação e Restauração de Mobiliário Moderno do Instituto, ao lado do do professor Frederico Hudson. O núcleo foi responsável pela restauração das peças no campus Samambaia.
Para a exposição, a equipe precisou se adaptar. “Em tempos de pandemia, trabalhamos com equipe reduzida. Recebemos dez alunos do curso FIC – Oficina escola de reparo de mobiliário moderno” disse Fernanda Torres.
Entre outros designers que expõem suas peças na exposição estão Jorge Zalszupin, Michel Arnoult, Sérgio Rodrigues e Raquel Chaves.
A estudante Laura Catarina Ferraz é do curso de design de móveis do campus Samambaia Sul do IFB. Ela participou do processo de restauração da poltrona Kiko, do designer Sérgio Rodrigues. Para ela, a exposição representa o reconhecimento da função histórica dos designers e restauradores de móveis trazendo à tona o valor inestimável desse serviço. Laura acredita também que para a arte de restaurar, antes de qualquer movimento técnico de restauração é preciso muito respeito, paciência e comprometimento com quaisquer que sejam os objetos restaurados. Essas abordagens são as que protegem e amparam tanto a função técnica quanto a histórica do objeto em questão.
Já Lourrany Stefanie Souza de Anjos é do curso técnico em móveis do campus Samambaia do IFB. Participou também da restauração da poltrona Kiko e da mesa de escritório do designer Jorge Zalszupin. Lourrany acredita que a exposição é o resultado do esforço contínuo da equipe em manter uma memória histórica e cultural refletida no material e no imaterial. Ela considera que na arte de restaurar é preciso ter respeito pela originalidade e pela mensagem que a obra deseja transmitir.
Para a coordenadora do Núcleo, a exposição é a materialização e o reconhecimento de todo o trabalho desenvolvido pelos alunos e docentes ao longo de quatro anos de curso FIC-Oficina Escola de restauro de mobiliário moderno.
Ainda segundo Fernanda, para os alunos a exposição significa a possibilidade de mostrar o resultado do trabalho e da dedicação que eles empreenderam no decorrer do curso, aplicando o que aprenderam por meio de restauro dos móveis, assim como ter todo o conhecimento adquirido e posto em prática reconhecido pela sociedade. “A exposição é a indicação de que o planejamento, carinho e a busca incessante pela excelência na educação técnica gera resultados positivos e alcança seu objetivo maior que é a qualificação profissional desses alunos de modo a ampliar as chances de empregabilidade de seus egressos”, afirma Fernanda Freitas Costa de Torres.
Parcerias
Na promoção da exposição, Núcleo de Pesquisa, Conservação e Restauração de Mobiliário Moderno foi responsável pela curadoria das obras e atuou em parceria com a Secretaria de Cultura Economia Criativa (Sesec), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Distrito Federal (IPHAN), Fundação de Apoio à pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), Diretoria Museu Nacional da República (MUN).
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (IFB) é um dos 38 Institutos Federais que integram a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica cujo planejamento e desenvolvimento cabem à Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC) do Mnistério da Educação (MEC).
Com informações do Instituto Federal de Brasília (IFB)
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