Texto: Daniela Uejo/ASCOM-FAPDF
Nesta segunda-feira (1º) o projeto AlfaCrux, um nanossatélite elaborado por pesquisadores e alunos da Universidade de Brasília (UnB), com 100% de fomento da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), completa 2 anos de lançamento em órbita da Terra. Ao todo, foram 2,2 milhões de reais investidos com objetivo de aperfeiçoar o sistema de telecomunicação e fortalecer a ciência no DF.
No dia 1º de abril de 2022, às 13h24 no horário de Brasília, o nanossatélite foi colocado em órbita terrestre pelo veículo lançador Falcon 9, da empresa SpaceX, em Cabo Canaveral (EUA), em sua quarta missão destinada a levar pequenos satélites ao espaço, denominada Transporter-4.
“A missão AlfaCrux pretende aperfeiçoar o sistema de coleta de dados, comunicação tática da defesa nacional, além de auxiliar tomadas de decisão nos contextos da agricultura e do planejamento social, ofertando uma experiência prática e fundamental para alunos e professores no desenvolvimento da operação espacial”, afirma o presidente da FAPDF, Marco Antônio Costa Júnior.
A estação de comando e controle, que está em solo, coopera para demais missões nacionais e internacionais, garantindo o desenvolvimento científico contínuo. O projeto espacial é composto por 30 integrantes, entre professores, analistas de tecnologia da informação da UnB, engenheiros e estudantes dos diferentes cursos de Engenharia da Universidade.
Foto: Coordenador do Alfa Crux trabalhando no circuito de simulador de campo magnético terrestre no laboratório da UnB.
Ao falar da importância do projeto, Renato Borges destacou que o Alfa Crux contribui com o fortalecimento e trajetória do Brasil no seguimento de satélites de pequeno porte, além de intensificar a atuação do País no setor espacial. “Esses projetos quebram grandes paradigmas, conseguem executar missões que antes eram desempenhadas por satélites de grande porte e ainda contribuem com a capacitação de profissionais, que no futuro serão os cientistas e pesquisadores responsáveis pela área espacial”, destacou.
No formato geométrico de um cubo, o nanossatélite tem massa total em torno de 1,3kg. Na nomenclatura padrão, ele é classificado como um CubeSat 1U, ou seja, uma unidade. A vida útil aproximada do equipamento é de três anos. A coordenação da Missão AlfaCrux já desenha um novo projeto que possa contar com uma constelação de satélites.
O Projeto AlfaCrux é uma parceria da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), da Universidade de Brasília (UnB) e da Agência da Agência Espacial Brasileira (AEB), que este ano completou 30 anos. E o presidente da FAPDF esteve no Palácio do Itamaraty representando a Fundação na cerimônia de comemoração da Agência Espacial.
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