Criar respiradores mecânicos baratos para ampliar o acesso de pacientes com Covid-19 em leitos de UTI. Esse é o objetivo do projeto apoiado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), instituição vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI-DF) e coordenado pelo pesquisador Sanderson César Macêdo Barbalho.
“Nosso objetivo inicial é desenvolver um respirador de baixo custo, mas que atenda às normas de segurança médica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), validar o produto e certifica-lo de acordo com os padrões simplificados da Agência para a pandemia para que possamos entregar um lote piloto”, explica o coordenador do projeto e professor Adjunto. Departamento de Engenharia de Produção (EPR) da Universidade de Brasília (UnB).
Respirador mecânico disponível no mercado por R$ 200 mil a unidade / Foto: Reprodução CMOS/Drake
O cronograma do projeto é de 120 dias a partir da assinatura do Termo de Outorga e Aceitação (TOA) junto à FAPDF, o que aconteceu no início do mês de junho. Ao final desse período, a expectativa do pesquisador e sua equipe é ter 30 unidades prontas para uso. “Estamos organizados em grupos divididos por área tecnológica: eletrônica e software, mecânica, testes médicos e logística de aquisições e fabricação. Cada grupo se reúne e planeja suas atividades semanalmente. Usamos metodologia ágil baseada em softwares de uso livre para registrar as atividades. Fazemos uma reunião semanal toda sexta-feira para consolidar o avanço do projeto e assim por diante. Serão 17 semanas de trabalho nesse ritmo para atingir a nossa meta”, explica Sanderson.
Ele destaca a importância do fomento em Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) e em Pesquisa Desenvolvimento (P&D) para que projetos como esse saiam do papel e possam efetivamente ajudar a população do DF e os profissionais de saúde que atuam na linha de frente no combate à pandemia. “Sem o fomento o projeto não aconteceria. Tivemos contato com investidores de Brasília, os quais infelizmente não se prontificaram em contribuir minimamente com a proposta e com recursos próprios conseguiríamos no máximo fazer um protótipo de bancada, não muito diferente do que encher um balão de festas”, afirma.
O projeto recebeu apoio no valor de R$ 1.100.000,00, concedidos pela SECTI/FAPDF no âmbito do Convênio 03/2020, que conta com orçamento global de R$ 30 milhões para apoiar projetos e ações de pesquisa, inovação e extensão destinadas ao combate do Covid-19.
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