Quais as dificuldades das empresas e como estimular a inovação para sobreviver ao cenário atual? Essa foi a questão debatida durante a live “Encontro no Parque – 1ª Edição”, que aconteceu nesta quarta-feira (17/06), no canal do Alpha Parque Tecnológico no Youtube (@Alphaparquetec). A live reuniu especialistas em inovação de instituições públicas e privadas para avaliarem as melhores estratégias para superar a crise gerada pela pandemia.
Participaram do debate online o presidente da FAPDF, Alessandro Dantas; o presidente interino da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro-DF), Rodrigo Fragola; o diretor geral do Instituto Certi Sapientia, Luciano Roncalio; o diretor executivo do Centro de Empreendedorismo Inovador da Fundação Certi, Leandro Carioni; a coordenadora de negócios da Alphaville Urbanismo, Bruna Viana. A live foi mediada pela coordenadora do Alpha Parque Tecnológico, Cristiane Pereira.
Os painelistas foram unânimes ao destacar a importância da atuação cooperativa entre os diversos setores, especialmente as parcerias entre governo, academia e setor produtivo, para gerar inovação mesmo durante a crise e minimizar os efeitos da pandemia.
Leandro Carioni assinalou que apenas 8% das empresas nacionais não foram afetadas pela crise, mas que o cenário atual é uma boa oportunidade para um aprendizado rápido e prático de como evoluir. “A união do ecossistema de inovação, atuar em conjunto é a única solução, pois se não agirmos verdadeiramente como ecossistema, perdemos muita velocidade pra sair da crise. É preciso também buscar parceiros nas universidades nas startups, para ajudar a grande indústria na inovação, compartilhando riscos, reduzindo custos e acelerando o ritmo.É preciso buscar nas universidades, startups”, afirmou.
Como exemplo dessa busca por parcerias, Carioni assinalou a atuação da FAPDF, que tem trabalhado para contribuir no combate à Covid-19 sem deixar de lado as ações voltadas para inovação em outras áreas: “sabemos que não é um momento fácil, mas vemos que Brasília não deixou a peteca cair, que tem muita coisa acontecendo, boa parte voltada para o coronavírus, mas muita coisa paralela a essa questão que dá um potencial estratégico para o desenvolvimento regional, o fortalecimento do ecossistema de inovação e projetos voltados para startups e indústria visando a geração de emprego, renda e oportunidades mais pra frente”, complementou.
Essa atuação articulada da FAPDF foi ratificada pelo presidente da Fundação, que destacou o objetivo de equilibrar da atuação no desenvolvimento da ciência, na tecnologia e na inovação. “Temos pensado e trabalhado em estratégias para equilibrar esse processo, com novas iniciativas, reativação de ações que estavam suspensas, mas, sobretudo, temos trabalhado para a construção de uma rede parcerias, inclusive com órgãos do governo federal e do próprio GDF. Com a instalação da pandemia, a FAPDF direcionou esforços para colaborar no combate a pandemia, celebramos dois convênios, um com a Finatec e outro com a Fiocruz, justamente para acolher propostas tanto de pesquisa como de desenvolvimento tecnológico para esse combate”, informou Alessandro Dantas.
O gestor também acredita que a atuação integrada e adequação dos processos de trabalho à realidade são as melhores ferramentas não só para o enfrentamento de crises, mas para o desenvolvimento e a inovação de maneira geral: “a minha recomendação é exercitar o músculo da adaptação! É um outro cenário! Temos visto, nas últimas iniciativas que estamos realizando, um exercício criativo extraordinário em que as empresas se adaptaram para atender uma demanda urgente da sociedade. Resgatamos o nosso mandato que prevê investimento no desenvolvimento regional e acreditamos que essa é a receita para superar essa situação que temos hoje”.
Para Rodrigo Fragola, as dificuldades no setor produtivo brasiliense já estão se apresentando há cerca de cinco anos, com os cortes em orçamentos públicos. Ele explica que esse cenário afeta a atuação do empresariado do DF, que tem forte know how em atendimento ao governo, mas vem percebendo a necessidade de adaptação para atender ao mercado de fora da capital federal. “Nós estamos na frente, hoje, de locais com fama muito maior em produção tecnológica. Somos a maior concentração de formandos a cada mil habitantes em tecnologia, à frente de São Paulo, por exemplo. Apesar disso, as empresas de Brasília ainda carregam o hábito de esperar movimentos do governo e é preciso entender que o mercado privado em Brasília existe e tem capacidade de atender clientes de fora do DF. O que falta é esse direcionamento que empurre o ecossistema como um todo”, frisou o presidente da Assespro-DF.
Parque tecnológico – Durante a live, os representantes da Alphaville Urbanismo apresentaram o conceito do Alpha Parque Tecnológico, empreendimento localizado na Cidade Ocidental, estado de Goiás, credenciado ao Programa Goiano de Parques Tecnológicos – PGTec. O Parque foi planejado para ser um ponto de referência para investimentos em tecnologias e oportunizar ao município e região da RIDE DF o desenvolvimento e a diversificação do setor econômico, através de tecnologias e soluções inovadoras relevantes.
Foi estruturado como um ambiente de inovação que reúne empresas âncoras, empresas intensivas em conhecimento, startups, instituições de ensino e pesquisa, instituições científicas e tecnológicas, laboratórios, centros de P&D, entidades de classe e de suporte empresarial, entidades de fomento e entidades de governo.
O vídeo completo da live está disponível no canal do Alpha Parque Tecnológico no Youtube.
FAPDF
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